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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Artigo: " A Inclusão que faz a Diferença"

Aceitar o diferente é a forma mais singela de aceitar a si mesmo, pois exercita-se o respeito e a cordialidade.

 Inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais é um assunto em voga, porém sem o devido entendimento por parte da população. Segundo a Declaração de Salamanca, uma resolução das Nações Unidas adotada em assembleia geral, que apresenta os procedimentos padrões para a equalização de oportunidades para pessoas com deficiências físicas, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais deveria ocorrer até 2010. Mas, ainda há muitas escolas que resistem à inclusão, no sentido pleno da palavra, que engloba todos os alunos, desde crianças com dificuldades de aprendizagem até as que estão mais severamente prejudicadas física ou mentalmente. Os benefícios da inclusão ainda não são vistos a olhos nus, mas o crescimento nos leva a olhar esta e outras questões sob outros prismas.

Estar junto é se aglomerar. Inclusão é estar com, é interagir, é conviver. A inclusão é a capacidade de entender e reconhecer melhor as diferenças e o outro como ser individual e único, diante de suas necessidades especiais, sejam de fala, coordenação, relacionamento ou aprendizagem.

Os benefícios de uma escola inclusiva vão além daqueles direcionados às crianças com necessidades educacionais especiais, sejam elas físicas ou mentais. São voltados a todo grupo envolvido como pais, professores, comunidade e o próprio aluno, pois levam o grupo a pensar, a refletir e a se preocupar com o próximo. Inclusão também é uma maneira de estimular a boa formação de conduta das crianças, uma vez que possibilita que elas convivam com os discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor, interagindo com o restante da sociedade, aprendendo valores como o respeito, a cordialidade e o auxílio ao próximo. Segundo Mantoan, “a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico”.

Os modos permanentes de pensar, sentir e atuar são mais desenvolvidos na sala de aula e na escola sendo, então, necessário o convívio escolar para todos. As práticas educativas exercitadas pelo convívio guardam estreita correspondência com a cultura de cada região. É dessa forma que atos de eliminação do preconceito podem se firmar e se fortalecer. O preconceito que ainda insiste em correr por nossa sociedade não pode ser aceito por nossos professores, pois eles, como antigos “detentores de saber” são, hoje, os mediadores da aquisição de conhecimento. Mesmo tendo mudado sua postura em relação aos alunos e à sociedade, os professores ainda são exemplos para nossas crianças. A busca pelo conhecimento e aperfeiçoamento do professor nos faz ver quais medidas devem ser tomadas pela melhor formação de cidadãos e, assim, demonstrar que as diferenças existem para o bem e o crescimento de todos. Dessa forma, o professor tem uma gama de temas para trabalhar com os alunos, levando-os a novas percepções.

Aceitar o diferente é a forma mais singela de aceitar a si mesmo, pois exercita-se o respeito e a cordialidade. Dessa forma, vemos a inclusão como uma oportunidade para o aperfeiçoamento da escola, como espaço físico, e de seus componentes através da aquisição de novos conhecimentos e do exercício de cidadania, respeitando cada um com suas diferenças e sua individualidade.


Marcia Raf
é mãe, pedagoga, psicopedagoga clínica e institucional,
especializada em Educação Especial Inclusiva,
professora de Educação Especial no
Centro de Habilitação e Reabilitação Arco-Íris,
diretora pedagógica da Phoenix Educacional.



Artigo publicado na Edição 383 da Revista AMAE Educando





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