Bem vindos a Phoenix Educacional!


A Phoenix se empenha em trazer atualização e aprimorar seus conhecimentos, através de cursos e atualizações profissionais.



----------------------------------------------------------------------------------------------

sábado, 8 de outubro de 2011

Introdução à Lingua Brasileira de Sinais - LIBRAS


“A Língua de Sinais é, nas mãos de seus mestres, uma linguagem das mais belas e expressivas, para a qual, no contato entre si é como um meio de alcançar de forma fácil e rápida a mente do surdo, nem a natureza nem a arte proporcionaram um substituto satisfatório."



“É impossível para aqueles que não conhecem a língua de sinais perceberem sua importância para os surdos: a influência sobre a felicidade moral e social dos que são privados da audição, a sua maravilhosa capacidade de levar o pensamento a intelectos que, de outra forma, ficariam em perpétua escuridão. Enquanto houver dois surdos no mundo e eles se encontrarem, haverá o uso dos sinais."



J. Schuyler Long



Língua Brasileira de Sinais



As línguas de sinais são línguas naturais porque como as línguas orais sugiram espontaneamente da interação entre pessoas e porque devido à sua estrutura permitem a expressão de qualquer conceito - descritivo, emotivo, racional, literal, metafórico, concreto, abstrato - enfim, permitem a expressão de qualquer significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva do ser humano.

Por isso, são complexas porque dotadas de todos os mecanismos necessários aos objetivos mencionados, porém, econômicas e “lógicas” porque servem para atingir todos esses objetivos de forma rápida e eficiente e até certo ponto de forma automática. Isto porque, tratando-se muitas vezes de significados que demandam operações complexas que devem ser transmitidas prontamente diante de diferentes situações e contextos, seus usuários terão que se utilizar dos mecanismos estruturais que elas oferecem de forma apropriada sem ter que pensar e elaborar longamente sobre como atingir seus objetivos lingüísticos.

As línguas de sinais distinguem-se das línguas orais porque utilizam-se de um meio ou canal visual-espacial e não oral auditivo. Assim, articulam-se espacialmente e são percebidas visualmente, ou seja, usam o espaço e as dimensões que ele oferece na constituição de seus mecanismos “fonológicos” morfológicos, sintáticos e semânticos para veicular significados, os quais são percebidos pelos seus usuários através das mesmas dimensões espaciais.

No entanto, antes de passarmos à descrição propriamente dita da LIBRAS, é bom enfatizar que como todas as línguas ela é natural, isto é, ela é por definição natural. Assim, não é adequado dizer que a LIBRAS é a língua natural dos surdos brasileiros. Não, ela é natural devido à sua própria natureza o que a opõe a sistemas artificiais como o Esperanto, o Gestuno (sistema de sinais semelhante a um “pidgin” utilizado por surdos de vários países em sua interação em eventos e encontros internacionais), os diferentes códigos de comunicação (de trânsito, das abelhas, dos golfinhos, etc.) e as diferentes línguas orais sinalizadas (português sinalizado, inglês sinalizado,...). Dessa forma, considera-se que a LIBRAS é ou deve ser a língua materna dos surdos não porque é a língua natural dos surdos, mas sim porque, tendo os surdos bloqueios para a aquisição espontânea de qualquer língua natural oral, eles sim é que só vão ter acesso a uma língua materna que não seja veiculada através do canal oral-auditivo. Esta língua poderia ser uma língua cujo canal seria o tato. Porém, como a alternativa existente às línguas orais são as línguas de sinais estas se prestam às suas necessidades. As línguas de sinais são, pois, tão naturais quanto as orais para todos nós e, para os surdos, elas são mais acessíveis devido ao bloqueio oral-auditivo que apresentam, porém, não são mais fáceis nem menos complexas. Os surdos são pessoas e, como tal, são dotados de linguagem assim como todos nós. Precisam apenas de uma modalidade de língua que possam perceber e articular facilmente para ativar seu potencial lingüístico e, consequentemente, os outros e para que possam atuar na sociedade como cidadãos normais. Eles possuem o potencial. Falta-lhes o meio. E a Língua Brasileira de Sinais é o principal meio que se lhes apresenta para “deslanchar” esse processo.

Alfabeto manual
 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Projeto Musica

PROJETO MÚSICA




1)ESCOLHA UMA MÚSICA QUE OS ALUNOS JÁ SAIBAM DE COR (BOI DA CARA PRETA, ATIREI O PAU NO GATO, PAI FRANCISCO...), ESCREVA-A NUM CARTAZ E FIXE-A NUM LOCAL ONDE TODOS OS ALUNOS POSSAM VISUALIZÁ-LA. DÊ A TODOS A LETRA DA MÚSICA.



2)DE INÍCIO NÃO FALE DO QUE SE TRATA E DEIXE QUE ELES EXPLOREM A LETRA DA MÚSICA FAZENDO SUAS DEDUÇÕES. APÓS, LEIA JUNTO COM ELES E PERMITA QUE ELES DESCUBRAM A MÚSICA. USE UM CD COM A MÚSICA E COLOQUE NO RÁDIO PARA ELES POSSAM OUVIR E CANTAR JUNTOS. DEPOIS QUE TODOS JÁ CANTARAM A MÚSICA COM O AUXÍLIO DO CD, CANTE VOCÊ COM ELES FAZENDO A LEITURA DE AJUSTE NO CARTAZ (LENDO, ACOMPANHANDO A LETRA DA MÚSICA COM O DEDO OU UMA RÉGUA). AH, OS ALUNOS ADORAM QUANDO VÊEM O(A) PROFESSOR(A) PARTICIPANDO DA ATIVIDADE COM ELES. OS DEIXAM BEM PRÓXIMOS!!



3)DEPOIS QUE TODOS JÁ SABEM A MÚSICA, PEÇA PARA QUE ELES ENCONTREM DETERMINADAS PALAVRAS NA LETRA DA MÚSICA E AS CIRCULEM COM CORES DIFERENTES (VOCÊ TAMBÉM VAI ESTAR TRABALHANDO CORES!!). FAÇA ISSO NA FOLHA DELES E DEPOIS PEÇA PARA ALGUNS ALUNOS ACHAREM AS MESMAS E OUTRAS PALAVRAS NO CARTAZ).



4)DEPOIS DISSO, VOCÊ PODE DISTRIBUIR UMA FOLHA ONDE AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE CADA VERSO DA MÚSICA(SUBSTANTIVOS) ESTEJAM FALTANDO PARA QUE ELES POSSAM COMPLETAR COM AS MESMAS (SEM O APOIO DA LETRA COMPLETA DA MÚSICA, SENÃO ELES NÃO REFLETEM SOBRE A LEITURA E ESCRITA E VIRA APENAS UMA CÓPIA!). AUXILIE OS QUE ENCONTRAREM DIFICULDADES!! (FAÇA ESSA ATIVIDADE PRIMEIRAMENTE NO COLETIVO PARA QUE ELES COMPREENDAM, LEVANDO-OS A REFLETIR SOBRE A LEITURA E A ESCRITA.)



5)OUTRA ATIVIDADE É PEDIR PARA QUE USEM ALFABETO MÓVEL PARA ESCREVER PARTE DA MÚSICA (UM VERSO OU O NOME DA MÚSICA). PODE TAMBÉM FAZER ESTA ATIVIDADE UTILIZANDO AS PALAVRAS EMBARALHADAS DE PARTE DA MÚSICA PARA QUE ELES ORGANIZEM.



6)DIVIDA A MÚSICA EM VERSOS E EMBARALHE-OS PARA QUE ELES POSSAM ORGANIZAR OS MESMOS COLETIVAMENTE. DEPOIS PEÇA PARA QUE ELES TENTEM FAZER O MESMO EM DUPLAS OU SOZINHOS DE ACORDO COM O NÍVEL DA TURMA OU DE ALGUNS ALUNOS.



7)FINALIZANDO, PEÇA PARA QUE ELES REESCREVAM A MÚSICA (EM DUPLAS PRODUTIVAS DE ACORDO COM O NÍVEL DE ESCRITA OU INDIVIDUALMENTE). VOCÊ TAMBÉM PODE REESCREVÊ-LA JUNTAMENTE COM ELES TORNANDO-SE O ESCRIBA DE SEUS ALUNOS, ONDE ELES VÃO PODER OBSERVAR ALGUMAS QUESTÕES PECULIARES DA ESCRITA (PONTUAÇÃO,QUE SE ESCREVE DA ESQUERDA PARA A DIREITA, GRAFIA DE ALGUMAS PALAVRAS,QUANDO ACABA A LINHA CONTINUA-SE A ESCREVER NA LINHA DE BAIXO E A PARTIR DA ESQUERDA EM DIREÇÃO À DIREITA...). MAS NUNCA FAÇA ISSO PARA QUE ELES COPIEM!! ISSO NÃO AJUDA NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA!!



DEIXE O CARTAZ À MOSTRA NA SALA MESMO APÓS O TÉRMINO DO TRABALHO COM AQUELA MÚSICA NO PROJETO PARA QUE OS ALUNOS TENHAM A OPORTUNIDADE DE SEMPRE EXPLORÁ-LO E O CONSULTAREM. DESSA FORMA VOCÊ ESTARÁ CONTRIBUINDO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM AMBIENTE ALFABETIZADOR QUE SERÁ MUITO IMPORTANTE PARA A ALFABETIZAÇÃO DE SEUS ALUNOS!! MAS LEMBRE-SE SEMPRE DE RETIRÁ-LO DO CAMPO VISUAL DOS SEUS ALUNOS QUANDO FIZER UMA ATIVIDADE COM A MESMA MÚSICA PARA QUE ELES NÃO COPIEM E SIM ARRISQUEM A ESCRITA, POIS O ERRO É IMPORTANTÍSSIMO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM BUSCA DOS ACERTOS!!! SE NÃO TENTAR, NINGUÉM APRENDE. O MESMO ACONTECE CONOSCO QUANDO TENTAMOS ACERTAR NA NOSSA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NA VIDA. SE NÃO TENTARMOS, NUNCA SABEREMOS SE DARÁ CERTO OU NÃO! E SE ERRARMOS, ENCONTRAREMOS FORMAS PARA ACHARMOS OS ACERTOS!



VOCÊ PODE BUSCAR OUTRAS FORMAS DE EXPLORAR A LETRA DE UMA MÚSICA!



E LEMBRE-SE DE SEMPRE AUXILIAR OS SEUS ALUNOS QUANDO PRECISAREM!! VOCÊ É O MEDIADOR DA APRENDIZAGEM DELES!!



E TAMBÉM SEMPRE FAÇA A ATIVIDADE NO COLETIVO, COM A PARTICIPAÇÃO DE TODOS, PARA DEPOIS PARTIR PARA O TRABALHO EM DUPLA OU INDIVIDUAL.



EM DUPLA, OS DOIS ALUNOS TROCAM SUAS EXPERIÊNCIAS ONDE UM AUXILIA O OUTRO E CONSTROEM JUNTOS SUA APRENDIZAGEM!!


by
Angelica

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Projeto Historias Infantis: Os 3 Porquinhos
















By Blog Prof Ediana Educação

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Artigo: " A Inclusão que faz a Diferença"

Aceitar o diferente é a forma mais singela de aceitar a si mesmo, pois exercita-se o respeito e a cordialidade.

 Inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais é um assunto em voga, porém sem o devido entendimento por parte da população. Segundo a Declaração de Salamanca, uma resolução das Nações Unidas adotada em assembleia geral, que apresenta os procedimentos padrões para a equalização de oportunidades para pessoas com deficiências físicas, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais deveria ocorrer até 2010. Mas, ainda há muitas escolas que resistem à inclusão, no sentido pleno da palavra, que engloba todos os alunos, desde crianças com dificuldades de aprendizagem até as que estão mais severamente prejudicadas física ou mentalmente. Os benefícios da inclusão ainda não são vistos a olhos nus, mas o crescimento nos leva a olhar esta e outras questões sob outros prismas.

Estar junto é se aglomerar. Inclusão é estar com, é interagir, é conviver. A inclusão é a capacidade de entender e reconhecer melhor as diferenças e o outro como ser individual e único, diante de suas necessidades especiais, sejam de fala, coordenação, relacionamento ou aprendizagem.

Os benefícios de uma escola inclusiva vão além daqueles direcionados às crianças com necessidades educacionais especiais, sejam elas físicas ou mentais. São voltados a todo grupo envolvido como pais, professores, comunidade e o próprio aluno, pois levam o grupo a pensar, a refletir e a se preocupar com o próximo. Inclusão também é uma maneira de estimular a boa formação de conduta das crianças, uma vez que possibilita que elas convivam com os discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor, interagindo com o restante da sociedade, aprendendo valores como o respeito, a cordialidade e o auxílio ao próximo. Segundo Mantoan, “a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico”.

Os modos permanentes de pensar, sentir e atuar são mais desenvolvidos na sala de aula e na escola sendo, então, necessário o convívio escolar para todos. As práticas educativas exercitadas pelo convívio guardam estreita correspondência com a cultura de cada região. É dessa forma que atos de eliminação do preconceito podem se firmar e se fortalecer. O preconceito que ainda insiste em correr por nossa sociedade não pode ser aceito por nossos professores, pois eles, como antigos “detentores de saber” são, hoje, os mediadores da aquisição de conhecimento. Mesmo tendo mudado sua postura em relação aos alunos e à sociedade, os professores ainda são exemplos para nossas crianças. A busca pelo conhecimento e aperfeiçoamento do professor nos faz ver quais medidas devem ser tomadas pela melhor formação de cidadãos e, assim, demonstrar que as diferenças existem para o bem e o crescimento de todos. Dessa forma, o professor tem uma gama de temas para trabalhar com os alunos, levando-os a novas percepções.

Aceitar o diferente é a forma mais singela de aceitar a si mesmo, pois exercita-se o respeito e a cordialidade. Dessa forma, vemos a inclusão como uma oportunidade para o aperfeiçoamento da escola, como espaço físico, e de seus componentes através da aquisição de novos conhecimentos e do exercício de cidadania, respeitando cada um com suas diferenças e sua individualidade.


Marcia Raf
é mãe, pedagoga, psicopedagoga clínica e institucional,
especializada em Educação Especial Inclusiva,
professora de Educação Especial no
Centro de Habilitação e Reabilitação Arco-Íris,
diretora pedagógica da Phoenix Educacional.



Artigo publicado na Edição 383 da Revista AMAE Educando