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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Um pouco sobre Dislexia


   Pouco entendemos hoje sobre a dislexia, mas muito se fala sobre esse assunto. Não se trata de uma deficiencia mental ou física, mas de um déficit de aprendizagem que leva a criança a formas diferentes dessa aprendizagem. A dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizagem apresentadas nas escolas e é entendida como um distúrbio de linguagem. Segundo pesquisas realizadas, 20% de todas crianças sofrem de dislexia, causando grande dificuldade ao aprender a ler, escrever e soletrar. Pessoas disléxicas e que nunca se tratam, lêem com dificuldade, pois é difícil para elas decodificarem os símbolos, isto é, as letras e palavras. Isto não quer dizer que crianças disléxicas sejam menos inteligentes, alias, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população. Acredita-se que a batalha inicial de disléxicos para aprender de maneira convencional, estimula sua criatividade e desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e com o stress. Embora a dislexia não seja uma das deficiências atendidas na proposta do Atendimento Educacional Especializado, um grande numero de alunos vem apresentando defasagens, nas quais, o presente plano de ação pedagógica tem por objetivo apresentar os conceitos acerca da dislexia e como minimizar tais defasagens na leitura e escrita.
A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinfor-ma. Além do que, no Brasil, a mídia, nas poucas vezes que aborda esse grave proble-ma, somente o faz de maneira parcial, ou mesmo de forma inadequada, fora do con-texto global das descobertas atuais da Ciência.
 Dislexia é uma dificuldade em linguagem, que se expressa principalmente em leitura e escrita.

Para melhor entender a causa da dislexia, é necessário conhecer, de forma geral, como funciona o cérebro. Diferentes partes do cérebro exercem funções especí-ficas. A área esquerda do cérebro, por exemplo, está mais diretamente relacionada à linguagem, nela foram identificadas três sub áreas distintas: uma delas processa fo-nemas, outra analisa palavras e a ultima reconhece palavras. Essas três subdivisões trabalham em conjunto, permitindo que o ser humano aprenda a ler e escrever. Uma criança aprende a ler ao reconhecer fonemas, memorizando as letras e seus sons. Ela passa então a analisar as palavras, dividindo-as em silabas e fonemas, relacionando as letras a seus respectivos sons. À medida que a criança adquire a habilidade de ler com mais facilidade, outra parte do cérebro passa a se desenvolver; sua função é a de construir uma memoria permanente que imediatamente reconheça palavras que lhe são familiares. Assim, conforme a criança progride no aprendizado da leitura, esta par-te do cérebro passa a dominar o processo e, consequentemente, a leitura passa a exigir menos esforço.

O cérebro do disléxico, devido às falhas nas conexões cerebrais, não funciona desta forma. No processo de leitura, os disléxicos recorrem somente a área cerebral que processa fonemas. A consequência disso é que disléxicos têm dificuldade em di-ferenciar fonemas de silabas, pois sua região cerebral responsável pela analise de pa-lavras permanece inativa. Suas ligações cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de palavras e, portanto, a criança disléxica não consegue reconhecer palavras que já tenha lido ou estudado. A leitura se torna um grande esforço para ela, pois toda palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida.

Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender caracte-rístico e próprio de um ser individualizado. Reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente.

É indicado que se faça um plano de aula com avaliação contínua durante todo processo, tendo acompanhamento das evoluções e seus respectivos controles e registros de atividades. Espera-se que com tal intervenção possamos não só identificar mas minimizar a rotulação dos alunos com dificuldades de aprendizagem em disléxicos, bem como, auxiliar os realmente disléxicos a criarem meios de apreensão do conhecimento.


por
Sandra Andrioli
pedagoga, especialista em Educação Especial;
 e
Marcia Raf,
pedagoga, psicopedagoga, especialista em Educação Especial